sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

POLITICAMENTE CORRETO NÃO É INOCENTE.

O uso e abuso do termo e de uma série de ações, sem conexão aparente entre elas (exceto pelo estilo de vida), nos obrigam a pensar sobre o politicamente correto.


Percebo que há um certo viés, do tipo autoritário e excludente, ao dizer que alguma coisa seja politicamente correta. Significa que o que escapa a um rol de comportamentos, opiniões e crenças determinado seja, a priori, incorreto. Incorreto seria estão algo que escapa a um determinado estilo. Fumar é politicamente incorreto. Beber talvez não seja. Comer torresmo não sei se é. Devastação ambiental com toda certeza é. Ir e voltar de carro para o trabalho. Queimar combustível fóssil para passear no fim de semana entre campos arborizados pode não ser incorreto. Há uma clara imprecisão nessas coisas de politicamente correto.


Não é uma agenda. Não é um programa de ação. Apenas uma coleção de declarações normativas, de opiniões e crenças sem sistematização, algo como regras de etiqueta ou conceitos estéticos aplicados à Literatura.


Supõe algum tipo de consenso. Mas não há nenhum tipo de transparência sobre os autores desse consenso.

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